CÂNTICOS VOCAL - JERUSALÉM

Aqui é seu lugar Arautos do Rei


Seu lugar é na IASD do Morro Santana, AQUI É SEU LUGAR!!!


ESPERAMOS VOCÊ SEMPRE!!!




The Record Keeper - Episódio Piloto - DUBLADO

Esse vídeo faz parte de uma webserie baseada no livro O Grande Conflito, da escrito Ellen White. Ao todo, serão mais de duas horas de duração, disponibilizados gratuitamente. 

Além do idioma original, inglês, terão dublagens em mais quatro línguas, incluindo o português. O vídeo acima não é a dublagem oficial. Ela estará disponível em breve (não tenho a data precisa).

A webserie não tem data oficial para continuar. Mais informações em www.TheGreatHope.org

Essa fandublagem foi feita pelo blog www.daniellocutor.com.br
Lars: Daniel Gonçalves
Cayden: Fabrício Andrade
Rena: Ellen Ramos
Tradução: William e Lívia de Oliveira


50 anos Arautos do Rei musicas na integra

Calma, Mansa, Serena - Quarteto Feminino - DVD O Dia Enfim Chegou

Laura Morena - Escolhi Acreditar

"A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS, E CADA ESCOLHA TEM A SUA CONSEQUÊNCIA."

E VOCÊ, TEM ESCOLHIDO O QUÊ????




Bíblia Fácil - História de Ana Caram

Ana Caram - A Chave do Céu

Ana Caram Fala Sobre Música na Abertura da Novela da TV Globo "NOVELA AMOR, ETERNO AMOR

Igreja Católica Ortodoxa hostiliza Adventistas do 7°Dia com 'água benta'...


Esse vídeo foi colocado na internet muitos me perguntaram qual foi a reação aqui na Ucrânia. Aqui vai a resposta:
A liderança da Igreja Ortodoxa PEDIU DESCULPAS pela atitude errada dos dois sacerdotes que manifestaram daquela maneira em um país que tem liberdade religiosa. OS DOIS SACERDOTES FORAM PUNIDOS pela liderança da Igreja Ortodoxa, e perderam suas posições na igreja. Por Pastor Jonatan Conceição (Ucrânia)


Publicado em 30/07/2012 por 
"Embora a Ucrânia seja o país com maior liberdade religiosa na Divisão Euro-Asiática, não é fácil divulgar a mensagem. Nossos irmãos do sul da Ucrânia só estavam ali com alguns livros, folhetos e revistas distribuindo a quem quisesse. Na tenda havia a publicidade de nosso canal de TV -- Телеканал Надія (http://www.facebook.com/HopeChannel). Mas... parece que os Ortodoxos não estavam satisfeitos. Vieram em procissão e jogaram água benta amaldiçoando os adventistas e dizendo que destruiriam os adventistas se não parassem. Eu já tinha falado com minha esposa sobre montar uma barraca com livros grátis, mas, parece que por aqui, nem sempre funciona. No ano passado nossa igreja distribuiu chá e do lado havia alguns livros Caminho a Cristo e alguns além do chá aceitavam o livro também. Orem pelo trabalho nessa parte do mundo." (Pr Jonatan Coneição).

Os membros da Igreja Católica Ortodoxa em Sevastopol (Ucrânia), em um esforço para impedir o avanço da comunidade Adventista do Sétimo Dia na pregação da Mensagem dos 3 Anjos (Ap 14), vieram em procissão e entraram na tenda da congregação com publicidades sobre a Hope Channel (espécie de TV Novo Tempo brasileira), chamando os ASD de seita, derramando com balde 'água benta' sobre os adventistas, sobre os livros, destruindo as literaturas, quebrando a tenda e ameaçando destruí-los se retornassem ao local novamente.










Decreto Dominical. EUA/Europa. Proteção ao Domingo - Parte III. Apocalip...

Lentamente, as profecias bíblicas acerca da volta de Jesus se cumprem.
-Lentamente, a exaltação do Domingo se aprofunda.
-Por isso, milhares de pessoas, a cada dia, acordam para as verdades sobre o Sábado.
-Sábado ou Domingo?
-"Sai dela, POVO MEU, para não serdes cúmplices em seus pecados" (Ap 18:4)

Abraços! Maranata!

P.S: Desculpem os chiados na gravação, amigos e irmãos, pois o equipamento é caseiro, mas foi de coração! Maranata!

Papa conclama América (e Brasil) a Guardar o Domingo: O Dia do Senhor. P...


"Cuidará em mudar os tempos e a lei" Dn 7:25
"E lançou a verdade por terra; e o fez, e prosperou" Dn 8:12
"E a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta" 
Ap 13:3

"E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome" 
Ap 13:16-17

"E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

Se alguém tem ouvidos, ouça." Ap 13:8-9

Abraços!
Maranata!


NOVO LINK

ATENÇÃO

A PARTIR DE AGORA DISPONIBILIZAMOS UM NOVO LINK PARA PESQUISA
É UM SITE COM AS MÚSICAS E TODAS AS PARTITURAS DAS MÚSICAS MAIS TRADICIONAIS DE NOSSA IGREJA.
EXISTEM TAMBÉM QUASE TODAS AS MÚSICAS DISPONÍVEIS PARA OUVIR E BAIXAR (DOWNLOAD).

APROVEITEM!!!!
É TUDO DE GRAÇA!!!!

ACESSE:
www.4tons.com

Culto 04-08-12



Culto 28/07/2012






Domingo 05/08/2012, será dia de mutirão de assinaturas da lição da Escola Sabatina no Sul do Brasil

Objetivo é atingir pelo menos 20 mil assinaturas do guia de estudo da Bíblia no período.


O programa de incentivo ao estudo diário da Lição da Escola Sabatina, chamado de projeto "Maná", acontece para o Sul do Brasil no próximo domingo, 05 de agosto. Das 08h às 16h, dois canais estarão abertos para a aquisição de assinaturas ou renovação do guia de estudos da Bíblia: o 0800 979 0606 e o site da Casa Publicadora Brasileira, www.cpb.com.br.
Segundo o líder da área de Ministério Pessoal e Escola Sabatina da Igreja Adventista no Sul do Brasil, pastor Evandro Fávero, o objetivo é alcançar 20 mil assinaturas na data. No domingo, das 09h às 10h da manhã, a rádio Novo Tempo de Curitiba fará programa ao vivo para interagir com os assinantes. Haverá sorteio de brindes e um concurso para quem escrever a melhor frase com o tema: "Em 140 caracteres, o que significa a lição da Escola Sabatina para você". Uma comissão julgadora, formada pelos líderes do departamento na região, escolherá o vencedor.
Saiba mais
A lição da Escola Sabatina, preparada por teólogos adventistas no mundo, é um guia baseado na Bíblia Sagrada com temáticas interessantes que são lidas diariamente por milhões de pessoas. A cada trimestre, os assuntos mudam. Há também material para todas as faixas etárias, desde os recém-nascidos, com linguagem e abordagens diferenciadas.
A ideia do projeto "Maná", em parceria com as editoras adventistas sul-americanas, é exatamente aumentar o número de assinaturas dessa lição. Com a assinatura, por ano o assinante recebe quatro exemplares dos guias de estudos dirigidos da Bíblia. Conforme o pastor Edison Choque, diretor sul-americano da Escola Sabatina, o plano é aumentar em 15% as assinaturas em relação ao ano anterior. O líder espera, também, obter crescimento de 70% do estudo diário da lição. Atualmente esse número não passa de 20%. "Vamos enfatizar a necessidade de as pessoas se alimentarem diariamente e um dos instrumentos importantes é a lição da Escola Sabatina. Os professores de classes das igrejas serão os nossos maiores incentivadores. Não queremos que seja apenas um programa, mas um movimento de aprofundamento na Palavra de Deus", ressalta Choque. [Com informações de Felipe Lemos/ASN]

Por que ir à Igreja?

Por que ir à Igreja?

03ago

O paralítico do tanque de Betesda acabara de ser curado e olhou em volta dele para agradecer a quem fizera este milagre em sua vida, mas a Bíblia diz que “Jesus não estava mais ali, retirara-Se porque havia muita gente”.
Assim eram as coisas com Jesus. Sua missão era levar a atenção dos homens a Seu Pai. Fazia o que tinha que fazer e desaparecia sem esperar aplausos, nem homenagens, nem comemorações porque Ele sabia que nós, seres humanos, gostamos de fazer ídolos de barro. Esquecemos o Salvador e idolatramos o instrumento humano. Jesus deixou aqui uma lição de vida para todos.
João 5:14 diz que “depois Jesus foi ao Templo e encontrou ali o que fora curado”. Aqui há um pensamento profundo que precisamos entender. O paralítico não foi ao templo para ser curado. Ele fora curado por Jesus. Igreja nenhuma tem o poder de salvar. Nenhum ser humano pode pertencer a uma igreja pensando que esse é o meio de salvação. O paralítico foi ao templo para louvar o nome de Deus por ter sido curado. Foi lá que ele se encontrou com Jesus e pôde dizer: “Obrigado, Senhor, eu louvo Teu Nome porque me salvaste”.
Por favor, nunca diga que você foi salvo por Cristo se não está congregando na igreja. Não diga que você teve uma grande experiência salvadora com Jesus se nos dias de culto você está ficando em casa. A igreja é o lugar onde os remidos se encontram com Jesus para louvor Seu nome e agradecer pelas bênçãos recebidas.
É por isso que as igrejas devem cantar muito, porque o cântico é o louvor por excelência. A igreja que não canta pode estar evidenciando a falta de uma experiência salvadora em sua vida.
O inimigo faz muita gente pensar que não precisa congregar na igreja, porque nela existem muitas pessoas cujas vidas são um péssimo testemunho do evangelho, mas biblicamente o motivo que deve levar-nos à igreja não deveria ser cumprimentar amigos que não vimos durante a semana; o motivo que deve levar-nos a congregar no templo deveria ser louvar o nome de Deus, e este ato de louvor é capaz de unir os corações e fazer desaparecer as diferenças que podem existir entre as pessoas. Uma igreja unida pelo louvor e o espírito de gratidão será também uma igreja unida na missão de iluminar o mundo com a luz do Evangelho.
Você já teve uma experiência com Jesus? Então vá para a igreja e louve o nome de Deus.(Alejandro Bullon)
Veja aqui endereços das igrejas mais próximas de sua casa.
Fonte: www.novotempo.com

Neurose: o exagero no comportamento

publicado em: 30/07/2012 | 12:45

O que é neurose? Qual a diferença entre neurose e psicose? Que tipos de comportamentos podem ser neuróticos?

O que é neurose? O que é ser uma pessoa neurótica? Qual a diferença entre uma pessoa normal, neurótica e uma psicótica?
Se adotarmos o conceito de doença mental e normalidade como uma questão de quantidade, podemos dizer que cada um de nós pode estar(ser) numa dimensão perto do normal, ou no campo da neurose, ou no da psicose. No meu entender, não houve, não há e não haverá nessa existência nenhum indivíduo cem por cento normal, a não ser Jesus Cristo, em Seu aspecto humano, quando da Sua vida na Terra. A normalidade é um alvo a ser alcançado por todos nós.
Muitas pessoas podem ser normais quanto à capacidade de trabalho, mas serem agitadas, hiperativas e detestar fins de semana e feriados porque neles ficam bem ansiosas. Por que algumas pessoas ficam inquietas quando interrompem o trabalho? Será que neste aspecto elas não são normais?
Outras podem ser normais quanto a saber controlar as emoções, não sendo, entretanto, capazes de se impor nas relações humanas, e, assim, se tornam vítimas de vários tipos de abusos ao longo da vida. Por que não conseguem colocar limites para se proteger? Será que neste aspecto elas não são normais?
Alguns indivíduos se acham normais por serem cheios de si, prepotentes, arrogantes, mas sem controle emocional. Quem não controla as emoções são fracos nisto, mesmo que sejam fortes socialmente devido às características de ser “poderoso” ou “poderosa”. Por que pessoas assim não são humildes? Será que neste aspecto de arrogância e prepotência elas não são normais?
Ainda outras pessoas podem ser normais quanto ao controle de suas emoções, mas bem destrambelhadas no sentido de não saberem administrar sua vida, sendo muito dependentes dos outros, carentes de atenção. Por que alguns indivíduos são tão carentes? Será que neste aspecto eles não são normais?
Neurose é quando parte de sua personalidade, do seu jeito de ser, está num tipo de defesa, de retraimento do “eu” (self) saudável ou mais genuíno. Este retraimento se manifesta por um comportamento mais introvertido e tímido, por atitudes agressivas, ou por funcionar como uma pessoa “espaçosa demais” que tende a usar as pessoas, etc.
Neurose é intermediária entre normalidade e loucura (psicose). Muitas pessoas bem sucedidas economicamente, famosas, podem ser bem neuróticas. O neurótico não apresenta alteração do pensamento racional, não fica desorientado no tempo e no espaço, não tem delírios, nem alucinações, coisas que ocorrem com o indivíduo psicótico. O indivíduo neurótico tem um exagero no seu comportamento, que é um “machucado” no psiquismo (mente) dele.
Uma mulher teve um pai muito autoritário. Até hoje em sua vida adulta ao ver um carro de polícia na rua, começa a suar nas mãos, sente um frio na barriga, o coração acelera e sente medo, como se tivesse feito algo errado. Isto é uma reação neurótica. Seu mundo emocional interpreta a figura da polícia, que é uma autoridade, como o pai agressivo. Ela ainda não resolveu esta questão consigo mesma, por isto tem estes sintomas.
Um homem teve um pai irresponsável financeiramente. Assumiu, emocionalmente, a obrigação de cuidar financeiramente da mãe e mesmo do pai que “não ganhava bem”. Sua mãe, dominadora, passava para ele (filho) um papel de vítima, gerando nele culpa (falsa) e sensação de ter obrigação de cuidar dela. Assim, neuroticamente, ele adotou em sua vida adulta uma postura obsessiva de ter que poupar, sempre castrando seus desejos, com argumento de que “não sei o que ocorrerá no futuro”. Ele ainda não resolveu esta culpa falsa.
Estas duas pessoas apresentam comportamento exagerado em algumas áreas, com sintomas variados, e postura na vida com mais infelicidade do que precisaria. Isto é neurose. Para vence-la o caminho passa por descobrir a verdade que explica o porque destes comportamentos exagerados que bloqueiam a existência de um eu mais saudável. E a verdade está na mente da própria pessoa, só que bem enterrada por baixo da consciência. Isto é a defesa. Defesa contra a percepção da verdade. Conhecer esta verdade pode doer. Mas pode libertar. Mas por que algumas pessoas ficam estagnadas na defesa e não caminham para a liberdade interior? Será um medo inconsciente de encarar a dor original que gerou o comportamento exagerado, que é a defesa neurótica?

Silêncio na igreja - Quebrando o Silêncio da Igreja Adventista

Wiliane Marroni (Pedofilia) - Quebrando o Silêncio da Igreja Adventista

Pr. Erton Köhler (Proteger) - Quebrando o Silêncio da Igreja Adventista

Fabiana Bertotti (Abuso) - Quebrando o Silêncio da Igreja Adventista

Abuso físico e psicológico - Quebrando o Silêncio da Igreja Adventista

O Bode para Azazel

IASD ON LINE
 
"(...) Receberá da comunidade de Israel dois bodes como oferta pelo pecado (...) Depois pegará os dois bodes e os apresentará ao SENHOR, à entrada da Tenda do Encontro*. E lançará sortes quanto aos dois bodes: uma para o SENHOR e a outra para Azazel. Arão trará o bode cuja sorte caiu para o SENHOR e o sacrificará como oferta pelo pecado. Mas o bode sobre o qual caiu a sorte para Azazel será apresentado vivo ao SENHOR para fazer propiciação, e será enviado para Azazel no deserto.

Então sacrificará o bode da oferta pelo pecado, em favor do povo, e trará o sangue para trás do véu (...) Assim fará propiciação pelo Lugar Santíssimo por causa das impurezas e das rebeliões dos israelitas, quaisquer que tenham sido os seus pecados.

(...) Quando Arão terminar de fazer propiciação pelo Lugar Santíssimo, pela Tenda do Encontro e pelo altar, trará para a frente o bode vivo. Então colocará as duas mãos sobre a cabeça do bode vivo e confessará todas as iniqüidades e rebeliões dos israelitas, todos os seus pecados, e os porá sobre a cabeça do bode. Em seguida enviará o bode para o deserto aos cuidados de um homem designado para isso. O bode levará consigo todas as iniqüidades deles para um lugar solitário. E o homem soltará o bode no deserto..." (Levítico capítulo 16. Tradução: Nova Versão Internacional).
O MINISTÉRIO NO LUGAR SANTÍSSIMO
Em posse do sangue do bode do SENHOR (que representava o sangue de Cristo), o sumo sacerdote aplicava-o no altar dos holocaustos e no altar do incenso, os quais haviam sido diariamente aspergidos com o sangue das ofertas que simbolizava os pecados confessados (Levítico capítulo 4; Hebreus 9:1-10). E, no lugar santíssimo, ele aplicava esse sangue no propiciatório(a), na presença de Deus, a fim de satisfazer as exigências de Sua lei; pois, pecado é transgressão da lei e sem sangue não há perdão (I João 3:4; Hebreus 9:22). Essa ação simbolizava o imensurável preço que Cristo teria de pagar pelos nossos pecados (Hebreus capítulo 9; Isaías capítulo 53). Desta forma, o sumo sacerdote efetuava expiação pelo povo e pelo santuário. Assim ambos eram purificados.1

Na etapa seguinte, representando a Cristo como mediador, o sumo sacerdote assumia sobre si mesmo os pecados que haviam poluído o santuário e os transferia para o bode vivo, Azazel; que era em seguida conduzido para fora do acampamento do povo de Deus. Este ato removia os pecados do povo, os quais durante o ano, tinham sido simbolicamente transferidos para o santuário através do sangue ou da carne dos sacrifícios diário de perdão. Deste modo o santuário estava habilitado para mais um ano de atividade ministerial (Levítico 16:29-34).2 E assim todas as coisas eram colocadas em ordem entre Deus e Seu povo.3

O dia da expiação ilustra o processo de julgamento que lida com a erradicação do pecado. A expiação realizada nesse dia prefigurava a aplicação final dos méritos de Cristo a fim de banir a presença do pecado por toda a eternidade, e para tornar efetiva a reconciliação do Universo, sob o governo harmonioso de Deus.
O BODE PARA AZAZEL
A palavra "Azazel" provém do hebraico עזאזל ('aza'zel) e é formado por dois radicais: אזל ('azal) que significa "ir embora", e, עז ('ez) que significa cabra, bode.4, 5 A análise cuidadosa de Levítico capítulo 16 revela que Azazel representa Satanás, e não Cristo, como alguns erroneamente ensinam. Os fatos que apoiam esta interpretação, são:
O bode para Azazel não era morto como sacrifício, e assim não poderia ser usado como um meio para trazer o perdão, uma vez que "sem derramamento de sangue, não há remissão" (Hebreus 9:22);
O santuário era inteiramente purificado pelo sangue do bode do SENHOR antes que o bode de Azazel fosse introduzido no ritual (Levítico 16:20);
A passagem trata Azazel como um ser pessoal que é o oposto, e se opõe, a Deus. Levítico 16:8 diz, literalmente: "E lançará sortes quanto aos dois bodes: uma para o SENHOR e a outra para Azazel." (Levítico 16:8).
Portanto, na compreensão da parábola do santuário (Hebreus 9:9-12), o bode do SENHOR simboliza a Cristo e Seu sacrifício e, o bode de Azazel como símbolo de Satanás. No Dia da Expiação, o sumo sacerdote purificava o santuário mediante o sangue expiatório do bode do SENHOR, somente depois que a expiação se achava completa é que o ritual envolvia Azazel:
"Quando Arão terminar de fazer propiciação pelo Lugar Santíssimo, pela Tenda do Encontro e pelo altar, trará para a frente o bode vivo. Então colocará as duas mãos sobre a cabeça do bode vivo e confessará todas as iniqüidades e rebeliões dos israelitas, todos os seus pecados, e os porá sobre a cabeça do bode. Em seguida enviará o bode para o deserto aos cuidados de um homem designado para isso. O bode levará consigo todas as iniqüidades deles para um lugar solitário. E o homem soltará o bode no deserto." (Levítico 16:20-22 - NVI)
A flexão verbal "confessará" usada no verso 21 é traduzida do hebraico והתודה (yadah), e significa: Arremessar, jogar, atirar, lançar, entregar. O ato de "colocar as mãos" sobre o bode Azazel não representava a confissão de arrependimento pelos erros cometidos mas, lançava sobre ele, a responsabilidade (a culpa) pela origem e consequências dos pecados; em seguida ele era banido do arraial israelense para sempre. Isso simboliza de fato o que ocorrerá no futuro com Satanás. Assim como o bode de Azazel era exilado para o deserto, restando-lhe tão somente aguardar a morte, da mesma maneira Satanás será solto neste mundo desolado e sem vida; e, aguardará o fim dos mil anos para receber sua devida punição (Apocalipse 20:7-10).

Cristo através de Seu precioso sangue, proporcionou meios para que o pecador obtenha perdão de seus pecados e alcance a salvação pela graça, que é obtida mediante a fé depositada nEle. Porém, o sacrifício de Jesus não ausenta ou elimina a punição final àquele que fora o originador do pecado. A sentença final será declarada e imposta a Satanás e aos seguidores ao fim do julgamento (cf Levítico 23:28-30). O ritual realizado com o bode de Azazel ilustra a eliminação do pecado, "raiz e seus ramos" (Malaquias 4:1); serão como se nunca tivessem existidos (Ezequiel 28:15-19).

A liturgia mosaica que era realizada pelo sumo sacerdote no santuário terrestre é similarmente, hoje, realizado por Cristo no santuário celestial (Hebreus capítulo 8). Ele tem ministrado, mediante o Seu sangue derramado na cruz do Calvário, os benefícios de Sua completa expiação ao Seu povo(b, c).

Quando Ele houver completado Sua obra de redenção e purificação do santuário celestial, lançará os pecados de Seu povo sobre Satanás, o originador e instigador do mal. De nenhuma forma se pode dizer que é Satanás quem efetua a expiação pelos pecados dos cristãos penitentes (Apocalipse 22:14). Cristo realizou essa obra por completo. Mas Satanás será responsabilizado por todos os pecados que ele sagazmente proporcionou e instigou para que os salvos praticassem.

A visão que João teve do milênio, descreve em traços vívidos o banimento de Satanás. Ele viu que no começo dos mil anos, "o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás", foi posto em cadeias e confinado ao "abismo" (Apocalipse 20:2-3). Isso retrata a cessação temporária das atividades de perseguição e engano de Satanás. Ele estará impedido de enganar as nações "até se completarem os mil anos" (Apocalipse 20:3).

O termo abismo utilizado por João vem do grego αβυσσος (abussos) e descreve apropriadamente as condições da Terra nessa ocasião.6, 7 Bombardeada pelas sete últimas pragas que antecedem imediatamente a volta de Cristo e coberta com os cadáveres dos ímpios, a Terra estará em completa desolação.8 Confinado à Terra, Satanás estará "preso" por meio de uma cadeia de circunstâncias. Uma vez que sobre a Terra não existe qualquer vida humana, Satanás não tem a quem tentar ou perseguir. Restando-lhe aguardar a sua devida punição (Apocalipse 20:10-15).
"Durante mil anos Satanás vagueará de um lugar para outro na Terra desolada, para contemplar os resultados de sua rebelião contra a lei de Deus. Durante este tempo os seus sofrimentos serão intensos. Desde a sua queda, a sua vida de incessante atividade baniu a reflexão; agora, porém, está ele despojado de seu poder e entregue a si mesmo para contemplar a parte que desempenhou desde que a princípio se rebelou contra o governo do Céu, e para aguardar, com temor e tremor, o futuro terrível em que deverá sofrer por todo o mal que praticou, e ser punido pelos pecados que fez com que fossem cometidos."9
"Quão apropriado é que o último ato de Deus no trato com o pecado, seja fazer retornar sobre a cabeça de Satanás todos os pecados e culpas que, partindo originalmente dele, causaram uma vez tal tragédia na vida daqueles que agora foram libertados pelo sangue expiatório de Cristo. Completa-se desta forma o ciclo, encerra-se o drama. Somente quando Satanás, o instigador do pecado, for finalmente removido, poder-se-á afirmar apropriadamente que o pecado foi erradicado do Universo de Deus. Neste sentido harmonizado podemos entender de que modo o bode emissário tomava parte na 'expiação' (Levítico 16:10). Com os justos estando salvos, os pecadores 'desarraigados' e Satanás não mais existindo, então - e somente então - estará o Universo no mesmo estado de harmonia em que se encontrava antes do surgimento do pecado."10


Texto baseado em "O Ministério de Cristo no Santuário Celestial", Nisto Cremos, 7.ª ed., 2003, cap. 23, p. 414-415. & "O Milênio e o Fim do Pecado", ibidem, cap. 26, p. 473-474.
*Santuário ou Tabernáculo Terrestre (Êxodo 25:8-9 cf Levítico 40:34-38).
a. Cobertura, tampa da arca da aliança que armazenava os Dez Mandamentos e onde Deus Se manifestava (Êxodo 25:17-22).
c. Acesse: Jesus, o Advogado
1. Levítico 16:16 cf Hebreus 9:11-15; Daniel 8:14 cf Hebreus 8:1-3, Hebreus 9:23-28.
2. Studies in Biblical Atonement II: The Day of Atonement. In: Sanctuary and Atonement, p. 115 e 125.
3. The "Little Horn", the Saints, and the Sanctuary in Daniel 8. In: Sanctuary and Atonement, p. 206-207. Too in: TREIYER, Day of Atonement, p. 252-253.
4. GENESIUS, W. (1950). Hebrew and Chaldee Lexicon to the Old Testament Scripture, London: Samuel Bagster & Sons, p. 617a.
5. FREEDMAN, D. N. (2000). Eerdmans Dictionary of the Bible, Amsterdam University Press, p. 136.
6. Isso indica que a condição da Terra durante o milênio reflete pelo menos em parte as condições da Terra no princípio, quando ela era "sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo". - SDA Bible Commentary, edição revista, vol. 7, p. 879.
7. WHITE, E. G. Grande Conflito, O; sec. IV, cap. 41, p. 658-659.
8. Apocalipse 16:18-21; II Tessalonicenses 2:7-8; Jeremias 25:31-33 cf Isaías 24:4-6.
9. WHITE, E. G. Ob. cit., § 2.º, p. 660.
10. SDA Bible Commentary, edição revista, vol. 1, p. 778.

Lei de Deus & Lei de Moisés - II

Acreditar que a palavra "lei" usada nas Escrituras Sagradas sempre se refere a todos os mandamentos, estatutos e juízos divinos sem distinção, é tratá-las como um amontoado de contradições; é afirmar que Paulo era instável em seus ensinos e que fazia acepção de pessoas quando Romanos 2:13 e Gálatas 2:16 (cf Romanos 3:20) são comparados. É obrigatoriamente assumir que os Dez Mandamentos foram abolidos na cruz do Calvário e assim, apoiar um dos maiores sofismas de Satanás contra eles (Apocalipse 12:17). Os versos erroneamente interpretados e mais utilizados para sustentar que todas as coisas vinculadas a palavra "lei" foram revogadas são:
"Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na Sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em Si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade." (Efésios 2:14-16)
"Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz." (Colossenses 2:14)
"Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem." (Hebreus 10:1)

Lei dos Mandamentos na Forma de Ordenanças
O tema central da carta aos efésios é a unidade da igreja, que na época era formada por judeus e gentios. Esta unidade estava ameaçada pelas interpretações equivocadas da lei de Moisés (cf Marcos 7:7-9; Tito 1:12-14), pela exigência feita aos gentios para que seguissem integralmente essa lei (cf Atos 15:1-5)(a) e, pelo comportamento exclusivista e hostil dos judeus (cf Gálatas 2:12). Esses fatores proporcionaram as desavenças e separação entre judeus e gentios, não a lei de Moisés. Ela não foi estabelecida por Deus para que provocasse essa desunião(b). Ao contrário, embora essa lei possua regimentos restritos a Israel, ela foi elaborada para beneficiar a todos os povos.1

As mudanças(c) no sistema sacerdotal orientado pela lei não foram compreendidas de imediato após a morte de Cristo, isso ocorreu gradativamente e com fortes conflitos ideológicos. Quase todas as desavenças que desencadearam a divisão ("parede da separação") entre judeus e gentios originavam-se das questões cerimoniais da lei de Moisés. E Cristo destruiu essa "parede" ao findar em Si mesmo as regras cerimoniais (lei dos mandamentos na forma de ordenanças) que simbolizavam a Ele e Seu sacrifício. Essa é a questão tratada em Efésios 2:14-16. Destacando que as cerimônias foram cessadas devido ao cumprimento de suas funções e não por causa da turbulência entre judeus e gentios. A destruição da "parede de separação" foi um benefício adicional, uma consequência da cruz.

A palavra "ordenança" usada em Efésios 2:15 provém do grego "dogma" e significa: doutrina; regulamento; ordem civil ou cerimonial; requerimento da lei de Moisés(d). Essas definições reforçam o entendimento de que não houve revogação integral da lei mosaica, mas, de sua parte cerimonial. Muitos ensinos trazidos nela são indispensáveis, sobretudo os Dez Mandamentos transcritos das tábuas de pedra(e). Adiante alguns comentários que seguem estes ensinos bíblico:

John Calvin, considerado o personagem mais importante da segunda geração da Reforma Protestante, afirma:
"O que havia sido metaforicamente compreendido pela palavra 'parede' é agora mais claramente expresso. As cerimônias, pelas quais a divergência foi mencionada, foram abolidas por meio de Cristo (...). Quando uma obrigação é revogada, a escrita é destruída; uma metáfora que Paulo utiliza, neste assunto, em outra epístola (Colossenses 2:14). (...) Esta é a habitual frase de Paulo para descrever a lei cerimonial, a qual o Senhor não ordenou aos judeus meramente como uma simples conduta de vida, pois ligava-os a vários estatutos. É evidente, também, que Paulo está tratando aqui exclusivamente da lei cerimonial, visto que a lei moral não é um muro de divisão que nos separa dos judeus, mas estabelece instruções nas quais os judeus não eram menos interessados em relação a nós mesmos."2
John Wesley, fundador da Igreja Metodista, declara:
"Tendo abolido pelo Seu sofrimento na carne, a causa da inimizade entre judeus e gentios, como a lei de mandamentos cerimoniais e todos os decretos dela. Com isso oferece misericórdia a todos; ver Colossenses 2:14."3
Adam Clarke, teólogo metodista, esclarece:
"A inimizade de que fala o apóstolo era recíproca entre judeus e gentios. O primeiro detestava os gentios, e dificilmente admitia classificá-los de homens; e o segundo tinha o maior desprezo pelos judeus por causa da peculiaridade de seus ritos e cerimônias religiosas, que diferenciavam de todas as demais nações da Terra."4
Albert Barnes, escritor e ministro presbiteriano, sustenta:
"(...) A ideia é, que a lei cerimonial dos judeus, que eles tanto orgulhavam-se, foi a causa da hostilidade existente entre eles. (...) Quando Cristo veio e aboliu através de Sua morte a peculiar lei cerimonial deles, naturalmente que a causa desse afastamento cessou. (...) Isto não se refere à lei moral, que não era a causa da separação, e que não foi abolida pela morte de Cristo, mas às leis que determinam sacrifícios, festivais, jejuns e etc.; que constituem as particularidades do sistema judaico. (...) A palavra 'ordenança' significa: decreto, edito, regra (Lucas 2:1; Atos 16:4; Atos 17:7; Colossenses 2:14)."5
John MacArthur, escritor e pastor batista, assevera:
"(...) Agora, qual foi o maior obstáculo, a maior e genuína barreira entre um judeu e um gentio? O que era ela? Basicamente, a lei cerimonial, não foi? No geral, as questões judaicas. O conjunto cerimonial: festa religiosa, jejum, vestimenta, comida, circuncisão; todas as coisas que tinham. (...) ele [Paulo] não está falando sobre a lei moral. Permita-me antecipar isto. Deus tem uma lei moral, e a lei moral de Deus nunca muda. Nunca. Ela jamais mudou. A lei moral de Deus não foi abolida. Romanos 1 e 2 diz que ela está escrita no coração de cada homem. A lei moral de Deus foi formalizada nos Dez Mandamentos em Êxodo 20. A lei moral de Deus está resumida em Mateus 22, onde há um grande mandamento."6
Geneva Bible(f), primeira tradução da Bíblia em inglês baseada diretamente das fontes originais hebraica e grega, traz em suas notas de rodapé o seguinte comentário:
"Cristo ofereceu em Seu próprio corpo o sacrifício definitivo, do qual os sacrifícios do templo eram apenas sinal [simbolismo]. As leis cerimoniais do Antigo Testamento que separavam judeus dos gentios não têm mais razão de ser após o seu cumprimento em Cristo."7

Escrito de Dívida
A expressão "escrito de dívida" de Colossenses 2:14 é traduzida do grego "cheirographon", e significa: manuscrito (formalmente estabelecido); nota manuscrita; nota promissória; dívida a ser restituída(g). "Escrito de dívida" não é sinônimo de lei. A palavra "lei" nem ao menos é usada na carta aos colossenses. Uma lei contém princípios e regras para direcionar o proceder individual e coletivo, e não para ser um conjunto de penalidades. As punições são as consequências da violação da lei e servem para auxiliar na sua integridade e respeito. A dívida mencionada em Colossenses 2:14 consistia, existia, subsistia em decorrência das transgressões cometidas contra as ordenanças ("dogma") da lei. Por isso a afirmativa: "escrito de dívida, que constava de ordenanças".

Certamente que houve preceitos cerimoniais da lei de Moisés que foram revogados devido ao cumprimento de seus propósitos, e Paulo menciona isso em Efésios 2:14-16. Contudo, Colossenses 2:13-14 volve-se especificamente sobre o cancelamento do débito ou "escrito de dívida" que foi gerado pela violação da lei. Pois, assim como ela prescreve bênçãos aos que lhe obedecem, ela também determina maldições e penalidades aos que se desviam de suas orientações.8 E existia uma dívida a ser paga por aqueles que a transgrediram; porém, essa dívida foi quitada (cancelada) pelo sacrifício de Cristo.

Embora a cruz do Calvário seja o ponto de referência desses versos, há um contraste entre eles, pois existe diferença entre: revogar algo após a sua função ter sido concluída (como ocorreu com as ordenanças cerimoniais da lei, Efésios 2:15), e, revogar algo motivado pelo perdão, pela misericórdia (como ocorreu com a "dívida" causada pela transgressão da lei, Colossenses 2:14). As regras cerimoniais da lei de Moisés não foram anuladas para que a punição do pecador fosse cancelada, não existe este ensino nas Escrituras. Perdão se obtém pelo arrependimento e fé em Cristo (II Coríntios 7:10; Salmos 32:1-5)(h); unicamente por intermédio dEle, Deus elimina e esquece a pendência, a dívida, a punição cobrada pela lei.9

Outra interpretação atribuída a Colossenses 2:14 diz que o "escrito de dívida" refere-se aos preceitos cerimoniais da lei mosaica, e entre os adeptos deste posicionamento estão: Adam Clarke,10 Albert Barnes,11 John Calvin,12 John Gill13 e Matthew Henry.14

Sombras dos Bens Vindouros
A lei de Moisés possui normas cerimoniais que orientavam os simbolismos, as prefigurações de Jesus Cristo e Seu sacrifício; tratavam das questões litúrgicas do santuário terrestre, tais como: ofertas, holocaustos, abluções, festividades e etc. Essas cerimônias são chamadas por Paulo de "sombra dos bens vindouros" ou "sombra dos benefícios que hão de vir".

A lei mosaica não é constituída integralmente de preceitos cerimoniais(i). Hebreus 10:1 diz que essa lei tem, e não que ela é a "sombra dos bens vindouros". A flexão verbal "tem" origina-se do verbo grego "echo", e significa: possuir; conter; incluir; manter; reter algo e utilizá-lo. Esse verso esclarece que a lei mosaica retém regras que instruíram os rituais cerimoniais que simbolizavam a crucifixão de Cristo em oferta pelos pecados da humanidade (Hebreus capítulo 9).


b. Além da inimizade entre judeus e gentios, pode-se adicionar a inimizade destes com Deus pois, ambos os grupos violaram o segundo fundamento da lei de Deus, "amor ao próximo" (Levítico 19:18 cf Mateus 22:39).
c. Hebreus capítulo 7.
d. STRONG, J. (1981). The Exhaustive Concordance of the Bible, ed. Macdonald Publishing Company; (referência n.º 1378).
f. Obra coordenada por Miles Coverdale (adepto do luteranismo e auxiliar de Willian Tyndale na tradução do Pentateuco) e John Knox (principal líder da reforma escocesa). A Geneva Bible (Bíblia de Genebra) foi a precursora da versão King James (1611).
g. STRONG, J. Ob. cit., (referência n.º 5498).
1. Êxodo 19:5-6 cf Romanos 3:2; Levítico 24:22; Isaías 51:4; Isaías 56:6-7; Romanos 3:29-30; Gálatas 3:28-29.
2. CALVIN, JOHN. Commentary on Galatians and Ephesians, Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library, p. 197-198.
3. WESLEY, J. Wesley's Notes on the Bible, Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library, p. 483.
4. CLARKE, A. (1838). The New Testament of our Lord and Saviour Jesus Christ, Philadelphia: Thomas Cowperthwait & Co., p. 229a.
5. BARNES, A. (1854). Notes, Explanatory and Pratical, on the Epistles of Paul to the Ephesians, Philippians, and Colossians, New York: Harper & Brothers Publishers, p. 53b.
6. John Fullerton MacArthur, The Unity of the Body, part 2, sermon n.º 1910 (March 12, 1978).
7. Geneva Study Bible, commentary on Ephesians 2:14.
8. Deuteronômio capítulos 28, 29 e 30; Josué 1:1-8; Josué 8:34-35.
9. Jeremias 5:25; Jeremias 11:10; Isaías 43:25; Hebreus 8:8-12; Hebreus 10:16-18 cf Isaías 1:18-20.
10. CLARKE, A. Op. cit., p. 270a.
11. BARNES, A. Ob. cit., p. 304a.
12. CALVIN, J. Commentary on Philippians, Colossians, and Thessalonians, Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library, p. 164-165.
13. GILL, J. Exposition of the Bible: New Testament Commentary; (Colossians 2:14).
14. HENRY, M. The Concise Commentary on the Whole Bible, Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library, p. 1934-1935.

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Lei de Deus & Lei de Moisés

A Bíblia apresenta várias leis com destaque para a lei de Deus que abrange os Dez Mandamentos escritos em duas tábuas de pedra. Outras, foram agrupadas em um livro e disciplinam diversos assuntos. E esta questão básica não é compreendida pela maioria dos cristãos, ocasionando inúmeras contradições e severos erros doutrinários.

Na lei de Deus (Romanos 7:22; Romanos 8:7), conhecida também como a "lei da Liberdade", "lei Perfeita", "lei Régia" ou "lei Real" (Tiago 1:25 cf Salmos 19:7; Tiago 2:8), não existe orientações sobre alimentação, higiene, procedimentos litúrgicos, processos jurídicos, penais e etc. Nela encontra-se unicamente princípios morais e éticos reunidos em dez preceitos escritos diretamente por Deus.1

Após proclamar essa lei no monte Sinai, Deus orientou Moisés a escrever um livro contendo diversas leis civis, levíticas, sanitárias, tributárias, militares, judiciais, entre outras (Êxodo 24:1-7 cf Deuteronômio 4:13-14, Deuteronômio 31:24-26). E este livro é identificado como: livro de Moisés; livro da Aliança; livro da Lei, livro da lei de Moisés e, lei de Moisés.2

Embora Moisés tenha sido o responsável por escrevê-lo os israelitas tinham plena convicção que todas as suas instruções eram provenientes de Deus, e isso os motivou a chamá-lo também de: "livro da lei do Senhor" e "livro da lei de Deus".3 A variedade de estatutos e juízos contidos nele objetivava a governabilidade da nação israelense e também, guiá-los nos princípios que a "lei de Deus" (Dez Mandamentos) exigia. Deste modo, os israelitas poderiam aprender, vivenciar e ensinar ao mundo os propósitos de Deus para a humanidade.4

Destacando que, apesar de Moisés ter transcrito a lei de Deus para o livro em questão, isso não significa que ela passou a ser considerada de mesma finalidade, importância e validade em relação as demais. Ele tão somente transcreveu para o livro uma cópia dessa lei que estava guardada dentro da arca da aliança.5 O acesso as duas tábuas de pedra que continham os Dez Mandamentos era extremamente restrito devido a santidade delas e do local onde estavam alojadas. E, para que a nação pudesse ter a sua disposição uma leitura fiel delas, Deus ordenara que Moisés as transcrevessem para o livro.

Preceitos Temporários e Perpétuos
A lei de Deus é a base da lei de Moisés. Todos os preceitos morais da lei mosaica estão fundamentados na lei de Deus; as leis civis são norteadas pelos princípios dela; a reverência pelas coisas sagradas, e, as práticas cerimoniais que eram exercidas no santuário terrestre não teriam sentido algum se ela não distinguisse o pecado.6 Eliminar os Dez Mandamentos defendidos pela lei de Deus é destruir automaticamente todos os demais preceitos que conduzem a uma vida de retidão. Esses são alguns dos motivos pelas quais as duas tábuas de pedra estavam guardadas exclusivamente dentro da arca da aliança e nenhum outro sistema legislativo encontrava-se ali.

Quanto as questões religiosas da lei de Moisés, várias normas cerimoniais (especialmente aquelas que simbolizavam a Cristo e Seu sacrifício) cessaram na cruz do Calvário.7 Porém, o mesmo não ocorre com as normas morais e éticas derivadas da lei de Deus, como por exemplo: Êxodo 23:1-9; Levítico capítulo 18 e, Levítico 19:13-18. Permanece também as leis sobre saúde (ex.: Levítico capítulo 11); conserva-se alguns princípios exigidos pelas leis civis e judiciais (observando os procedimentos atuais e locais).8 No geral, ao analisar a lei de Moisés, deve-se observar quais orientações são válidas na Nova Aliança e destas quais são de aplicabilidade universal, pois existem instruções destinadas exclusivamente ao povo de Israel.

A enorme confusão que assola o cristianismo em relação ao termo "lei" provém do desprezo dessas questões básicas e essenciais. O uso da palavra "lei" na Bíblia é diversificado e complexo, não se obtém o verdadeiro entendimento, em cada caso, isolando versos de seus respectivos contextos. A falta de discernimento e até mesmo a falta de interesse em estudar esses assuntos vem acarretando deturpadas interpretações bíblicas e de maneira mais acentuada nos escritos do apóstolo Paulo.

As Escrituras relatam que alguns judeus convertidos ao cristianismo defendiam que as práticas cerimoniais da lei de Moisés, que tinham perdido valor na Nova Aliança, fossem seguidas. Essa situação levou Paulo a rebatê-las, e isso proporcionou diversos conflitos, como aqueles registrados em II Coríntios capítulo 3; Gálatas capítulo 2 e Colossenses capítulo 2. Motivado por esses fatos Paulo foi impulsionado a dizer aos gálatas: "Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus." (Gálatas 2:16 cf Gálatas 3:11). E censurou-os dizendo: "Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão." (Gálatas 2:21).

Ele demonstrava que seguir as prescrições cerimoniais da lei de Moisés pertinentes a Antiga Aliança, sobretudo aquelas que representavam o sacrifício de Cristo, era desprezar o Seu sangue ofertado para perdoar os pecados; era anular a Sua graça. E, diferentemente do ocorrido nas igrejas de Corinto, Galácia e Colossos, Paulo não teve esse problema nas igrejas de Roma. Aos romanos ele exortava referindo-se não as ordenanças da lei de Moisés que foram canceladas, mas, aos mandamentos da lei de Deus: "Porque os simples ouvidores da lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados."(a) "Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei." (Romanos 2:13; Romanos 3:31). É exorbitante a diferença entre Romanos 2:13 e Gálatas 2:16.

O apóstolo Pedro, responsável pelo ensino do evangelho aos judeus, após ser alertado por Paulo a não permitir que os ensinos dos cristãos judaizantes fossem mantidos, escreveu a seguinte exortação:
"(...) e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar acerca destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles." (II Pedro 3:14-16 cf Gálatas 2:11-14).
E Paulo auxilia a esclarecer quais preceitos estão atuantes e revogados ao dizer: "Foi alguém chamado sendo já circunciso? Não desfaça a sua circuncisão. Foi alguém chamado sendo incircunciso? Não se circuncide. A circuncisão não significa nada, e a incircuncisão também nada é; o que importa é obedecer aos mandamentos de Deus." (I Coríntios 7:18-19 - Tradução: Nova Versão Internacional). E a circuncisão é um procedimento descrito na lei de Moisés, apesar de ter sido instituída na época de Abraão (Gênesis 21:4; Atos 7:8), enquanto os mandamentos de Deus estão descritos nas duas tábuas de pedra.

Considerações Finais
A lei de Deus é distinta por: ter sido pronunciada e escrita pelo próprio Criador; ter sido guardada dentro da arca da aliança; pela função de revelar o pecado; e, por ser constituída unicamente de mandamentos morais, todos inalteráveis, inseparáveis, infindáveis e universais.9 Enquanto a lei de Moisés caracteriza-se por: ter sido divulgada e escrita pelo profeta Moisés; ter sido depositada ao lado da arca da aliança; pelas prescrições de ofertas por causa do pecado; e, por possuir mandamentos variados, restritos e temporais.

Pode-se destacar ainda que a lei de Deus existia antes da queda do homem (Romanos 4:13-15)(b) e não possui regras punitivas para os seus transgressores. Por sua vez, a lei de Moisés foi estabelecida após a entrada do pecado e contém normas penais que foram seguidas até a época de reforma.10 Antes do sacrifício de Cristo, aquele que aceitasse o pacto da Antiga Aliança e, posteriormente, violasse as ordenanças contidas na lei de Moisés e/ou transgredisse os mandamentos da lei de Deus era punido de forma imediata, e em alguns casos com a morte dependendo do crime.

Apesar dos procedimentos penais do Antigo Concerto(c) estejam invalidados com o Novo Concerto, isso não significa que a lei de Deus reafirmada na Nova Aliança (Hebreus 8:10-13; Hebreus 10:16-17) perdera valor e que, as transgressões cometidas contra ela não sofrerão o devido castigo. Pecado continua sendo transgressão à lei de Deus, e cada infração não perdoada(d) será punida quando Cristo retornar; Ele retribuirá a cada um conforme as suas obras (Apocalipse 22:10-15; Hebreus 4:12-13).


1. Êxodo 24:12; Êxodo 31:18; Êxodo 32:15-16; Deuteronômio 4:10-14; Deuteronômio 9:9-11; Êxodo 20:3-17 cf Êxodo 34:1-2.
2. Êxodo 24:7; Deuteronômio 29:21; Deuteronômio 31:26; Josué 1:8; Josué 8:34; Josué 23:6; II Reis 14:6; II Reis 23:2 e 21; II Crônicas 25:4; II Crônicas 34:30; Neemias 8:1; Neemias 13:1; Marcos 12:26; Lucas 2:22; Lucas 24:44; Atos 15:5; I Coríntios 9:9; Gálatas 3:10.
3. Josué 24:26; II Crônicas 17:9; II Crônicas 34:14-15; Neemias 8:18; Neemias 9:3.
4. Êxodo 19:5-6 cf Gênesis 18:19, Gênesis 26:4-5, Romanos 3:2; Levítico 24:22; Isaías 51:4; Isaías 56:6-7; Romanos 3:29-30; Gálatas 3:28-29.
5. Êxodo 25:16 e 21; I Reis 8:9; I Reis 8:21; II Crônicas 6:11; Hebreus 9:1-4.
6. Romanos 3:20; Romanos 7:7; Romanos 4:15; Tiago 2:8-13; I João 3:4.
7. João 1:45; João 5:46; Marcos 15:37-39; Gálatas 3:23-29.
8. Deuteronômio 17:8-9; Deuteronômio 21:18-20; Romanos 13:1-4; Tito 3:1-2.
9. Mateus 5:17-19; Lucas 16:17 cf Malaquias 3:6, Tiago 2:10-12; Apocalipse 14:12.
10. Colossenses 2:13-15; Hebreus 7:18-19 cf Efésios 2:14-16; Hebreus capítulo 8 e 9.